terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Uma estranha visita



Depois de 20 anos, revi um dos primos no aniversário de 80 anos de meu pai, quando familiares e amigos estiveram presentes na fazenda em Dueré. No meio de celebrações e comilanças típicas de uma família mineira, tivemos a oportunidade de atualizar informações, ouvir histórias, contar velhos “causos” e dar risadas. Num calor de 35 graus, debaixo da sombra de uma grande árvore, ouvi a história contada por este meu primo, Jonas Teixeira.
Por causa da grande quantidade de cigarros que fumava, ainda cedo sua saúde começou a apresentar uma série de debilidades: Já teve 5 infartos, e ultimamente as complicações renais o levaram a ficar internado durante 5 meses num hospital em Belo Horizonte, e numa de suas crises, amputou o dedo esquerdo de um dos pés. A urina passou a ser feita através de sondas, e ele não conseguia manter-se em pé, ou mesmo forçar o pé no chão por causa das dores lancinantes.
Uma amiga de sua empregada evangélica que orava pelo Jonas, compartilhou com outra pessoa o que estava acontecendo com seu patrão, assim como fez a menina que havia sido levada como escrava para a Síria, para servir Naamã, o comandante do exército. Ela anunciou que havia um Deus em Israel que poderia curá-lo de sua lepra.
Aquela amiga seguiu imediatamente para o hospital. Ao chegar viu o quarto cheio de familiares e amigos, e pediu a todos que saíssem, inclusive a esposa, para que pudesse orar por ele. Antes de terminar a oração, aquela mulher disse que Deus o havia curado, que ele deveria crer nesta palavra, e ele confirmou que cria que Deus o havia curado e adormeceu antes do final da oração. Quando acordou de madrugada sem sentir dor, estranhou que estivesse num quarto de hospital, tirou a roupa e foi para o banheiro, sozinho, urinou longamente depois de muitos dias, tomou um banho, e quando sua esposa chegou, estava de roupa trocada e foi repreendido por ela, mas ele serenamente disse que estava curado, que não sentia nenhuma dor e que decidiu fazer o que fez.
Exames posteriores revelaram que suas taxas estavam normalizadas, recebeu alta e encontra-se em sua casa. Esteve conosco vindo de Minas Gerais para se encontrar com a família, comeu e bebeu com alegria, alegrando também nosso coração pelo reencontro, com o estado de saúde normal. Louvado seja o Senhor!

Jonas não é o tipo de pessoa que diríamos “evangélico ou religioso”, na adolescência batizou na Igreja Presbiteriana de Mutum, mas se afastou da comunidade. Ele percebe que precisa de um aprofundamento na sua fé e manifesta desejo de ser um discípulo de Cristo, saindo de uma relação de alguém que recebe o favor, mas que não se submete a Cristo com todo o seu ser, mas o que ele experimentou certamente nos revela a grandeza deste Deus, que nos amou de forma tão generosa e graciosa.