segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Alice: Uma história de milagre




No dia 31 de Dezembro de 2012, a família estava reunida para celebrar a passagem do ano. Chácara agradável, ambiente familiar, muita comida, música e alegria. Um casal de nossa igreja, Christiane Gomes O. Costa e Douglas Lima da Costa estavam ali para celebrar com seus dois filhos, Arthur e Alice, neste evento familiar.
Depois da meia noite e das festas, o caseiro da chácara chamou o Douglas para mostrar um vazamento numa mangueira do quintal e pedir ajuda. Quando estavam chegando perto da piscina, o filho do caseiro veio correndo avisando que havia alguma coisa estranha boiando na piscina. Correram para lá e viram uma criança de fraldas e Douglas imediatamente a tirou sem imaginar que se tratava de sua própria filha, já sem vida.
O desespero toma conta da casa, todos correndo tentando ajudar. E começou o difícil e árduo trabalho de ressuscitá-la. Quanto tempo ela ficou sem vida? Que horas havia boiado? Havia ainda chance de sobrevivência? Massagens feitas, o processo sendo aplicado, até que finalmente a criança começou a vomitar e sua respiração voltou.
Agora surge outra corrida para o hospital da cidade, estavam fora do perímetro urbano, e os familiares ficaram tentando imaginar o que poderia acontecer, enquanto o pai tresloucadamente dirigia seu carro no afã de ganhar um pouco de tempo.

Que seqüelas ficariam na criança? Que efeitos neurológicos poderia ter?
Sabe-se que em qualquer parada cardiorespiratória, após 4 minutos sem nenhuma manobra de ressuscitação, há possibilidade de lesão cerebral e paradas que excedem 15 minutos, raramente resultam em sobrevivência sem seqüelas e 30 minutos invariavelmente evoluem para óbito. Em 3 minutos sem oxigênio o cérebro já apresenta danos irreversíveis, então entre 3 a 5 minutos se dá a morte da pessoa afogada. Especialistas afirmam a criança bóia porque existe algum ar ainda retido nos pulmões, e  quando acontece o afogamento completo, sem ar algum nos pulmões, o corpo afunda e somente volta a boiar quando começa a decomposição, entre 12-24 horas depois.
No afogamento ocorre deglutição de água, devido ao pânico, período que tem a duração de 1 a 2 minutos. A partir daí, em 85 a 90% dos casos, ocorre o afogamento úmido com o relaxamento laríngeo, aspiração de líquido, aumentando a hipóxia e resultando em edema pulmonar, anóxia e morte.

Ao chegar ao hospital, Alice foi imediatamente levada para a UTI, para checar como estava o pulmão. Já era mais de 1 hora da madrugada, e os pais ficaram ali, tentando assimilar tudo e preocupados com o prognóstico. Neste tempo, foram ler a Palavra de Deus, buscando conforto e orientação para a dor e o medo de tudo que acontecera e do que ainda podia sobrevir. Christiane abriu em Daniel 3, que narra a experiência de Sadraque, Mesaque e Abedenego sendo livrados da fornalha de fogo ardente, e quando foram resgatados, diz a bíblia que “o fogo não teve poder algum sobre o corpo destes homens; nem foram chamuscados os cabelos da cabeça, nem os seus mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles” (Dn 3.27).
O médico de plantão lhes recomendou que fossem para casa, e saíram do hospital às 4 hs da manhã, aliviados, mas ainda muito tensos com toda experiência. Às 7 hs já estavam novamente no hospital, e ao chegaram à UTI pediátrica, ouviram choros de criança, logo identificados com os da Alice. A enfermeira veio encontrá-los dizendo que tudo aquilo era birra dela porque não queria tomar banho, e que já estava recebendo autorização para sair da UTI e ir para um quarto para um tempo de observação. Naquele mesmo dia, recebeu alta.
Registramos este fato para que as futuras gerações saibam que Deus nos abençoou como comunidade.
Talvez explicações científicas possam ser dadas a todo este evento, mas ainda glorificamos a Deus por várias razões:
  1. Por que motivo Douglas teria que sair de casa, em torno de 1 hora da manhã para ver uma mangueira vazando ao redor da piscina?
  2. Numa festa familiar, com outras crianças, quem daria falta dela? Era normal supor que estivesse dormindo?
  3. Quanto tempo Alice esteve na piscina? Não é providencial lembrar que foram “conduzidos” àquele lugar?
  4. E as seqüelas? Nenhuma delas registrada. Alice não teve nenhuma complicação pulmonar, ou qualquer efeito neurológico.

Por todas estas razões queremos glorificar a Deus, que nos visitou de forma tão amorosa, evitando que uma tragédia viesse sobre nossas vidas. Louvado seja o Senhor!