Tenho um amigo nos Estados Unidos
que foi presbítero numa igreja da cidade vizinha onde eu morava. Num sábado ele
teve um pesadelo que o abalou profundamente. Sonhava que ao chegar à igreja via
uma grande movimentação de pessoas, com policiais, repórteres e bombeiros, pois
havia o rumor de uma pessoa morta, já em estado de putrefação, no porão da
igreja. No sonho, ao se encontrar com o pastor viu que ele estava completamente
desequilibrado emocionalmente, pedindo aos membros da igreja que era preciso ocultar
o cadáver pois seria muito perigoso se a
polícia o encontrasse, e a igreja perderia sua reputação e seria grande escândalo
na cidade.
Este presbítero, porém, retrucava
dizendo que não podiam ocultar o corpo no porão da igreja, mas revelar onde ele
estava. A ocultação do cadáver era crime e a igreja não deveria acobertar
qualquer problema, mas ser transparente naquilo que fazia. Sobressaltado acordou
perplexo com o sonho.
No outro dia, ao chegar à igreja,
o tema da pastoral do boletim era: “Há
pecado no arraial”. O articulista falava do pecado de Acã, um soldado
israelita que lutou contra os amalequitas, mas a despeito da clara orientação em
não trazerem nenhum despojo da guerra, ao ver barras de ouro e vestes
festivais, não resistiu e cedeu à cobiça, trazendo aqueles preciosos bens para
sua casa, atraindo o juízo de Deus pela desobediência. O pecado foi descoberto
e toda aquela família exterminada.
Um mês depois deste estranho
sonho e o “coincidente” artigo no boletim, o pastor daquela igreja foi surpreendido
na prática de homossexualismo trazendo grande dor a todos os membros e uma
quebra irreparável na unidade da comunidade. Havia sim, pecado no arraial. Um cadáver estava sim, escondido no porão daquela
igreja.