D. Elzira participava fielmente de uma reunião de oração na
Gávea, Rio de Janeiro. Todas as segundas, as 15 hs, um grupo de mulheres se
concentrava ali na rua dos Oitis, para ler a Bíblia, tomar chá, e orar, e ela
sempre estava presente. Morava na favela “Parque da Cidade”, e ganhava seu pão levando
os filhos das amigas para a escola. Todos os dias, fazia uma lotação de seis a
sete crianças e as mulheres lhe pagavam por este trabalho. Sua velha Belina era
o meio de transporte.
Nesta segunda, algo sinistro aconteceria, pois ao sair da reunião
descobriu que seu carro fora roubado. Ficou desolada, afinal estava numa reunião
de oração, e este carro era seu meio de transporte. Suas irmãs da igreja vieram
consolá-la, chamaram a polícia e fizeram o Boletim de Ocorrência. Seu carro não
tinha seguro, e ela não tinha dinheiro para comprar outro veículo. Qual chance
teria de encontrar um veiculo velho que logo seria desmanchado para venda de
peças em algum ferro velho no subúrbio do Rio?
No outro dia cedo, seu marido que trabalhava no centro do
Rio, estava dentro do ônibus se dirigindo ao trabalho, quando vê o carro de sua
esposa estacionado na rua. Pediu ao motorista para parar o ônibus, saltou ali
mesmo com o carro ainda em movimento, curiosa e inexplicavelmente estava com as
chaves do carro. Entrou nele, e roubou o carro que o ladrão lhe roubara.
Este evento aconteceu em meados de 1993.
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