Em Sinop tivemos a alegria de sermos hospedados pela família Huck: Sr. Waldemar e Dália. Ele, descendente de alemães, ela de japoneses. Recepção vip. Gente que sabe receber e deixar o visitante à vontade.
Eles nos relataram uma cena inusitada:
um dia vão pescar e resolvem ajoelhar no meio das folhas e orar. De repente, os
gravetos começam a brilhar. Da parte de cima das folhas secas, até o caule.
Ficaram maravilhados pela experiência e daí para frente este fenômeno passa a
acontecer com certa regularidade.
Um dia, ele resolve recolher alguns destes gravetos e levar para o acampamento onde os outros pescadores estavam reunidos. O brilho durou cerca de 15 minutos, até esmaecer e acabar. Doutra feita, um irmão levou para sua casa um dos toquinhos que brilhavam, ele queria mostrar à sua esposa. O toquinho chegou incandescente ate lá, e depois de algum tempo apagou.
Um dia, ele resolve recolher alguns destes gravetos e levar para o acampamento onde os outros pescadores estavam reunidos. O brilho durou cerca de 15 minutos, até esmaecer e acabar. Doutra feita, um irmão levou para sua casa um dos toquinhos que brilhavam, ele queria mostrar à sua esposa. O toquinho chegou incandescente ate lá, e depois de algum tempo apagou.
Muitas pessoas curiosas acorreram para
lá e eram "agraciadas" com o mesmo fenômeno. Combinaram reuniões de
orações, e ali se emocionavam com o feito, eram quebrantadas e confessavam
reverentemente seus pecados diante de Deus. Certa madrugada,combinaram de orar
as 4 hs. Quando o Sr. Waldemar ia levantar, percebeu que ao tocar no colchão,
ficava uma marca luminosa e brilhante. Chamou o companheiro do quarto para
presenciar o fato, e ambos ficaram ali maravilhados pelo que viam.
Duas perguntas surgem quando ouvimos
um relato como este, e não estou disposto a respondê-las, apenas a relatá-las:
1. O que é isto?
Não nos parece que esta pergunta evoca
a mesma questão levantada por um grupo no dia do Pentecostes registrado
em Atos 2? "Que quer isto dizer?". Esta é uma pergunta
filosófica. Muitos querem conceituar, explicar, dar razões. É a tentativa de
dissecar fenômenos, explicar milagres. Muitos querem negá-los, mas na verdade,
eles sempre existiram na história, e nem sempre serão devidamente explicados.
Deveriam sempre ser?
2. Qual a razão destes fenômenos?
Talvez nunca o saibamos, mas quando
ouvíamos estes relatos e indagávamos sobre este assunto, percebíamos que uma
das coisas mais lindas que podem acontecer na alma humana estava ali presente:
Estes fenômenos geravam reverência, adoração, temor e assombro. Será que
existe alguma coisa errada em estar maravilhado? A verdade é que tais pessoas,
diante destes eventos, eram motivadas a orar mais, buscar mais, se santificar
mais... Seriam estas razões suficientes? Deveríamos sempre dar
"razões" para o “numinoso”, conforme pontuou Otto Rank, um dos ícones
da fenomenologia da religião? No livro de Atos lemos que "em cada alma
havia temor", uma outra tradução fala de "espanto", a NVI na
língua inglesa fala de "awe", uma interjeição que pode ser traduzida
como a reação de uma pessoa que fica boquiaberta diante do mistério. Não
deveríamos ter, na nossa teologia tão cartesiana e apologética, um pouco mais
da dimensão do mistério?
“Oh!
Se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença, como
quando o fogo inflama os gravetos, como quando faz ferver as águas, para
fazeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as nações
tremessem da tua presença!” (Is 64.1,2)