Ouvi este relato do Pr. Glênio Paranágua (Maringá), que me
impactou profundamente.
Sua família é do Piauí, onde sua mãe conheceu o evangelho.
Morava numa região um tanto remota, conhecida como Brejo do Maroto (1). Um dia
passou por ali um pregador itinerante, distribuindo bíblias no lombo de um
jumento, e se hospedou numa grande fazenda, onde trabalhava o Sr. Filomeno, que
era um dos meeiros da terra e acolheu o evangelista. Dele então ouviu, pela
primeira vez, a mensagem do Evangelho que fez todo sentido para sua alma e por
ela se rendeu incondicionalmente.
O pregador, ensinou-lhe um cântico:
Deixa a luz do céu entrar, deixa o sol em ti nascer.
Abra o coração e deixa cristo entrar,
E o sol em ti nascer.
Depois de 2 dias naquela casa, o pregador seguiu adiante atendendo
ao chamado para distribuir Bíblia aos rincões perdidos do empobrecido Estado do
Piauí. Sr. Filomeno ficou com a Bíblia na mão e o coração encharcado da
maravilhosa e graciosa mensagem da salvação oferecida por Cristo.
Impulsionado
pelo Espírito Santo, decidiu convidar seus amigos para virem a sua casa e lerem
a Palavra de Deus.
Todos os domingos, eles se reuniam, e Sr. Filomeno lia,
gaguejantemente, as Escrituras Sagradas. Outras pessoas começaram a se
aproximar, rapidamente o grupo chegava a 50 pessoas que vinham participar do “oculto”
do Sr. Filomeno. O grupo foi se ampliando e a liturgia era simples. Liam a
Bíblia e cantavam: “Deixa a luz do céu entrar,
deixa o sol em ti nascer”. Não conheciam outro cântico, e este era repetido
várias vezes.
O grupo foi tomando corpo. De 50 passou para 100. De repente
já eram 200, e alcançou o espantoso número de 500 pessoas, que se reuniam, liam
a Bíblia, cantavam e voltavam para suas casas. Nenhuma presença de qualquer
igreja, pastor ou missionário. Somente a Palavra de Deus, afinal, “A semente, por si só, frutifica”. Nada
conheciam de convenções eclesiásticas, não havia batismo, nem Santa Ceia.
Foi então que um missionário, ouvindo falar do que estava
acontecendo naquela região, decidiu se aproximar. Eles ficaram muito contentes
por terem agora um pastor com eles, e depois de entenderem o significado do
batismo, de uma única vez, 200 pessoas foram batizadas. O pastor, entretanto, vinha de uma igreja
marcada por muitas regras e costumes, e a simplicidade da fé começou a ser determinada
agora por proibições e exigências denominacionais. Aos poucos o grupo foi
dispersando, mas a marca do Evangelho ficou presente para sempre ali naquela região.
O Pr. Glênio, é resultado direto deste movimento de Deus ali
na inóspita região do Piauí. Deus, de fato, visitou poderosamente aquele
recanto esquecido do Brasil, marcando preciosas vidas e alcançando-as com a
mensagem do Evangelho.
Louvado seja o Senhor!
Observação:
(1) - Fonte Wikipédia: O Município teve origem na
localidade de Brejo da Conceição, propriedade de Zaqueu Martins Moreira, que
pretendia transformá-la em próspera povoação. Com o apoio de familiares, doou pequenos
lotes de terra a quem neles desejasse se estabelecer. Grande número de pessoas
acorreu ao local, iniciando-se o povoamento. O progresso foi interrompido pela
seca de 1915. Passado o flagelo, Zaqueu começou a reconstruir o aglomerado
urbano, em área mais fértil de propriedade de Dionísio José Benvindo, distante
três quilômetros do primeiro núcleo, passando a povoação a chamar-se Brejo do
Maroto, eregia o primeiro templo religioso em 1923, o templo da Igreja Batista
de Solidão trazida da Fazenda Solidão onde havia sido fundada em 1917 . Em
1943, o povoamento mudou o topônimo para Landri Sales, em homenagem ao
ex-Interventor Federal do Estado.
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