No dia 16 de Junho de 2019, meu pai foi submetido a uma
cirurgia da coluna. O diagnóstico era o seguinte segundo o médico: Se seu pai não
operar vai para a cadeira de rodas e vai usar fralda.
A família acompanhou o drama em
oração. Todas as possibilidades eram para que meu pai fizesse a cirurgia. Ele mesmo
queria operar. Ele andava trôpego e chegou a cair algumas vezes, além de sentir
muitas dores na coluna a ponto de deixá-lo depressivo. Ele operou e em face de várias
intercorrências: pneumonia, infecção e bactéria ficou hospitalizado aproximadamente
33 dias. Consequência: está usando cadeira de rodas e fraldas. Ficou extremamente
debilitado, precisando de cuidadores 24 horas por dia, 07 dias por semana. Grande
frustração para toda a família. Tudo mudou. Muita tristeza e decepção.
Medo e um
senso de vulnerabilidade e impotência tomaram conta da família. Muitas dúvidas,
perguntas sem respostas. Somos 04 filhos, dois homens e duas mulheres. Minha mãe
com certa idade não teria condições de cuidar sozinha do meu pai. Minhas irmãs
moram nos Estados Unidos há alguns anos. Meu irmão profissional liberal atuando
como psicólogo não possui muita disponibilidade de tempo. Eu, servidor público
estadual com mais tempo disponível. Assim, aprouve a Deus me designar para estar
mais próximo dele, desde então tenho acompanhado seus tratamentos de fisioterapia,
consultas e exames médicos.
Meu pai completou 82 anos de idade. Voltou a ser
criança. Parece que virei o seu pai. Sinto-me tão pequeno e impotente para tão grande
tarefa. Logo, é preciso voltar as Escrituras Sagradas e lembrar que temos um Pai. Aba
Pai (paizinho). Esse Pai é dono do universo. É o Deus todo poderoso, onipotente,
onisciente e onipresente que criou todas as coisas e as sustenta. Que traz à existência
aquilo que não existe. Nós somos seus filhos. Por isso posso declarar que não estou só.
Tenho um Pai celestial que cuida de mim para que eu possa cuidar do meu pai.
Obrigado meu Deus. O Senhor é o meu pastor e não me faltará (Salmo 23.1).
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